Tapete de crochés se coloca como um convite. A ação aborda questões relacionadas à cidade, levantando questionamentos sobre as relações e afetos praticados na urbe. Neste sentido, o Tapete é um encontro que visa potencializar a paisagem ocupando praças e demais espaços públicos,   é composto por vários squares – quadrados de croché – agrupados e costurado entre si, essa junção produz uma visualidade marcante, resultando num grande mosaico de cores e texturas que se destaca na paisagem local. Desse modo, a cada intervenção o tapete cresce, a partir da contribuição de quem senta nele e produz junto às crocheteiras novos squares. A idéia é compartilhar um pouco da técnica do croché com os caminhantes da cidade que queiram aprender e experimentar entre um ponto e outro, uma conversa; entre um ponto e outro; um olhar sobre o cotidiano. Assim como de maneira crítica e sensível pensar a cidade por meio de uma poética do encontro com as linhas que compõem a urbe. Neste sentido, o Tapete de Croché é um dispositivo que aciona, por meio da prática coletiva, um olhar sobre as subjetividades. Muitos pontos podem gerar múltiplas tramas, costuras e fios que tecem a cidade, a memória, o afeto. Nisso, em cada ação, o Tapete de Croché vai crescendo, incorporando à sua trama trocas e vivências compartilhadas no decorrer de sua confecção, resultantes da partilha dos modos de fazer e experiências ligadas a técnica do croché.